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  PERFIL ANTROPOMETRICO E O DESENVOLVIMENTO DE VALÊNCIAS FISICAS DE ATLETAS SUB-15 DO SEXO MASCULINO NO FUTEBOL

 O estudo pretende coletar dados antropométricos de atletas de futebol da categoria sub-15, participantes de treinamentos sistematizados pelo menos 2 vezes por semana.

 Resumo

O objetivo do presente estudo foi determinar o perfil antropométrico e o desenvolvimento de valências físicas de 15 atletas da categoria sub-15 praticantes de futebol. Utilizaram-se medidas antropométricas tais como: estatura, peso, medidas de circunferências de braço direito e esquerdo, cintura, quadril, coxa direita e esquerda e panturrilha direita e esquerda. Foram utilizadas dobras cutâneas do tríceps e subescapular. Teste de flexibilidade, salto horizontal, flexão e extensão de braços, abdominal 60 segundos, velocidade 50 metros e o teste de 9 minutos para a determinação da resistência cardio-respiratória foram realizados. O percentual de gordura foi obtido através da equação de Lohman. Todos os atletas, independente de suas posições realizaram os mesmos testes em iguais proporções.

 Palavras – chaves: futebol, antropometria e categoria de base

 Introdução:

 O Futebol faz parte da cultura do brasileiro, mas vem sofrendo modificações ao longo dos anos e atualmente possui características diferentes, se o compararmos com décadas passadas. A busca em estudos científicos, de acordo com a análise de movimento no futebol, tem revelado que a demanda do perfil antropométrico e o desenvolvimento das valências físicas se tornou primordial para o sucesso e a permanência de um atleta de alto rendimento ( BARROS &GUERRA, 2004 ).

 Ao analisar os casos de atletas juvenis, é preciso ter o entendimento de que todo o conteúdo que é trabalhado em clubes desportivos, deve ser somado com os conteúdos que são aplicados nas aulas de educação física. Para jovens atingirem níveis antropométricos e valências físicas considerados satisfatórios para um padrão de alto rendimento é preciso aperfeiçoar suas capacidades motoras através de preparação geral e treinamento específico adequado para sua faixa etária ( FILIN, 1996 ).

De acordo com estudos de Weineck (2003), aproximadamente 6% dos indivíduos apresentam performances acima da média e podem ser considerados talentos esportivos. Ao rever a literatura observa-se que desde as categorias de base vem-se avaliando as medidas antropométricas dos atletas de futebol e sendo aplicados testes e treinamentos sistematizados para se adquirir um desempenho melhor de suas valências física. A avaliação foi composta 15 atletas do sexo masculino da categoria sub-15 da escolinha do Clube de Regatas Vasco da Gama da cidade de Porto Real.

Para coleta dos dados foram utilizados estadiômetro, adipômetro, balança, fita métrica e cronômetro e os teste desenvolvidos foram: avaliadas as variáveis antropométricas através de medidas circunferêciais, dobras cutâneas e massa corporal e para se constatar o nível do desenvolvimento de valências físicas, tais como: flexibilidade, resistência muscular localizada, força, velocidade e resistência aeróbia, descritos pela literatura.

Dentre as medidas antropométricas, foi utilizado para este estudo, as médias de circunferências de braço contraído direito e esquerdo, cintura, quadril, coxa direita e esquerda e panturrilha. Foi utilizado para estas médias uma fita métrica de marca Sannycom precisão de 0,1 cm. Utilizando as medidas de dobras cutâneas de tríceps e subescapular. As dobras cutâneas foram determinadas por um compasso da marca Sanny, com precisão de 0,01 mm, as medidas foram realizadas três vezes em cada local, sendo que foi aferido um local e só após ter aferido em todos os outros locais é que se fez a segunda aferição e assim sucessivamente. Para a estimativa do percentual de gordura utilizou -se o protocolo de Lohman 1986. Realizando as médias de peso corporal através da balança antropométrica da marca Welny, dados em kg. E a média de estatura aferida com um Estadiômetro da marca Seca com precisão de 0,1 cm.

Os testes motores realizados foram o salto horizontal para determinação da força de membros inferiores adotado por Carnaval (1998), o Banco de Wells para aferição da flexibilidade, citado por Queiroga (2005), o teste abdominal de 60 segundos, para aferição da resistência abdominal, proposto por Queiroga (2005), o teste de flexão e extensão dos braços no solo para determinação de resistência de membros superiores adotado por Guedes & Guedes (1997), a corrida de 50 m para averiguação da velocidade proposto por Guedes & Guedes (1997), e o teste de 9 min proposto por Carnaval (1998), para determinação da resistência cardio-respiratória, capacidade aeróbica.

O presente estudo foi realizado com meninos de média de idade igual a 15 anos, onde ao analisar os resultados antropométricos, a variável de IMC teve um índice de 32, o que corresponde a uma classificação normal segundo o Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR 2007), através das informações expressas em seu Manual de Aplicação de Medidas e Testes produzidos por Gaya e Silva (2007). Esta classificação normal do peso para a estatura indica que o grupo analisado encontram-se dentro de um padrão ótimo, que em média estes meninos não estão com peso deficiente e tão pouco com peso excessivo. Em contra partida no que diz respeito ao percentual de gordura esta variável se apresentou com média de 8%, o que para Lohman (1987), corresponde a um índice baixo, sendo o normal entorno de 15% para crianças e adolescentes do sexo masculino, comprovando um déficit na quantidade de gordura corporal dos meninos analisados.

 

Na analise do desempenho motor, estudamos cada valência física em separado para melhor entendimento do fenômeno, na indicação da flexibilidade o presente estudo comportou-se com média igual a 9,62 cm, o que para o PROESP-BR(2007) indica uma classificação de “muito bom” prevalecendo um nível de flexibilidade satisfatório para esta faixa etária e também para a pratica do futebol.

 

Na variável de força em membros superiores obteve-se uma media de 18 repetições no teste de flexão e extensão de braços, o que segundo Pollock e Wilmore (1993), indica um nível “abaixo da média”, demonstrando uma deficiência na força de membros superiores.

 

Na análise de força em membros inferiores expressa através do teste de salto horizontal, o presente estudo demonstrou uma média de 193 cm, o que para o PROESP-BR (2007), pode ser classificado como “bom”, indicando uma boa força de membros inferiores. Esta diferença na força do membro inferior sobre o superior, podemos tentar explica-lá enfatizando que o futebol é um esporte que exige predominantemente a força nos membros inferiores, e por este motivo treinadores e atletas não dão a devida importância para os exercícios realizados para melhora da força nos membros superiores.

Ao verificar a variável de força e resistência abdominal, os meninos analisados apresentaram uma média de 34 repetições em 60 seg. o que para a classificação do PROESP-BR (2007), indica um índice razoável na execução desse teste.

 

A velocidade de corrida, avaliada no presente estudo apresentou-se com média de 7,66seg. levados para percorrer os 50m. o que tanto para Pollock e Wilmore (1993), quanto para Matsudo (1987), representam uma classificação “fraca”, para o grupo analisado, o que especificamente para o futebol não é nada bom, pois esta capacidade é imprescindível neste esporte.

 

Durante a analise da resistência aeróbia, expressa através do teste de corrida constante durante 9 min. o presente grupo apresentou media igual a 2.211m percorridos durante o teste, indicando segundo o PROESP-BR (2007) um índice “muito bom”, o que representa que estes meninos analisados encontram-se com uma resistência cardiorespiratória boa para os níveis de saúde e sufuciente para a pratica do futebol de campo.

 CONCLUSÃO

De acordo com o presente estudo podemos concluir que, nas variáveis antropométricas os meninos da categoria sub-15 estão com IMC adequado para a pratica do futebol, no entanto necessitam de intervenção nutricional para melhora do percentual de gordura que está abaixo do ideal, em níveis de saúde para seu gênero e idade.

Com a analise do desempenho motor podemos concluir que se necessita de uma maior atenção no planejamento, montagem e ou execução dos treinamentos nas variáveis de: força de membros superiores, força e resistência abdominal e velocidade, pois os atletas encontram-se com níveis insuficientes nestas variáveis. No entanto nas capacidades de flexibilidade, força de membros inferiores e resistência aeróbia, os meninos necessitam apenas de manter os níveis atuais, pois estão de acordo com o que eles necessitam para praticar com saúde o futebol de campo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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